quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Saint Valentine's Day - Dia de São Valentino



Dia de São Valentino

A tradição do dia dos namorados
No Brasil comemorarmos o dia dos namorados no dia 12 de junho.
Mas em grande parte do mundo (como EUA, Itália e Canadá), a data escolhida é 14 de fevereiro, dia de São Valentim (São Valentino, para alguns, ou o Valentine's day dos americanos), um santo devotado à idéia do amor.
Na verdade, há dois santos "Valentino". Um deles foi um padre, santo e mártir, que viveu no tempo do império romano, no ano de 269, durante a perseguição aos cristãos.Segundo a lenda, o imperador Cláudius II estava mais interessado em seu exército e nas guerras do que na vida em família , e ele estava convencido de que os solteiros, sem esposas nem filhos, eram melhores soldados do que os casados e não teriam medo no campo de batalha.
Tanto era verdade, que o imperador foi tão longe a ponto de ditar uma lei proibindo o casamento. São Valentino, contudo, desafiou o imperador e continuou a celebrar matrimônios em segredo, até ser descoberto, preso e executado.O outro São Valentino também viveu sob o império romano. Ele levava uma vida simples e era especialmente bondoso com as criancinhas. Um dia, Valentino foi jogado na prisão pelos romanos por ter se recusado a adorar os deuses deles. Dizia-se que as crianças escreviam mensagens de amor para ele e as lançavam pela janela da cela. Estes foram os primeiros cartões do "dia dos namorados". Mas não existe nenhum registro histórico disso.
Os cartões que conhecemos hoje foram feitos pela primeira vez por volta de 1800 e alguns eram bem enfeitados e decorados com pássaros e flores. Hoje, alguns dos cartões mais populares são os de humor.
No Brasil, apesar de ser comemorado às vésperas do dia de Santo Antônio, o famoso santo casamenteiro, tudo começou com uma campanha realizada em 1949 pelo publicitário João Dória - na época na Agência Standard Propaganda - sob encomenda da extinta loja Clipper.
Para melhorar as vendas de junho, então o mês mais fraco para o comércio, e com o apoio da confederação de Comércio de São Paulo, instituiu a data com o slogan:
"Não é só de beijos que se prova o amor".
A Standard ganhou o título de agência do ano e a moda pegou, para a alegria dos comerciantes. Desde então, 12 de junho se tornou uma data especial, unindo ainda mais os casais apaixonados, com direito a troca de presentes, cartões, bilhetes, flores, bombons....uma infinidade de opções para se dizer "Eu Te Amo!".Nem todos os países comemoram o dia dos namorados como nós fazemos. Na Itália, as pessoas fazem um grande banquete no dia 14 de Fevereiro. Na Inglaterra, as crianças cantam canções a recebem doces e balas de frutas de seus pais. E na Dinamarca, as pessoas mandam flores prensadas umas às outras, chamadas "flocos de neve".
No Japão a data foi introduzida em 1936 e o costume neste dia é as mulheres presentearem os seus amados com caixas de chocolates. Embora a data represente uma oportunidade para as mulheres declararem o seu amor, nos últimos anos o giri choco (chocolate de cortesia ou “obrigação”) também se encontra presente na cesta de compra de grande parcela da população feminina. Mas, muita gente ainda reluta em adotar a data, alegando que se trata de uma jogada comercial, no que não deixam de ter razão, uma vez que o Valentine’s Day representa cerca de 20% do volume anual de vendas das fábricas de chocolate do arquipélago. Mas, o que vale mesmo é a intenção e não há como negar que a vida fica um pouquinho mais doce com estas declarações de amor e com estes chocolates.
Nos Estados Unidos nos dias que antecedem 14 de fevereiro, lojas de cartões, livrarias, lojas de departamentos e drogarias oferecem uma grande variedade de cartões comemorativos chamados Valentines.
Os adultos costumam comprar cartões para acompanhar presentes mais elaborados como doces, flores ou perfumes. Nas escolas as crianças apreciam comprar ou fazer cartões para seus amigos e professores.
Mas, cá entre nós, todo dia é dia para se dizer "Eu Te Amo!"


Venetian Mask - Máscaras de Veneza




Venetian Masks











Carnaval ItalianoPara o brasileiro deve parecer meio esquisito essa história de falar do carnaval italiano, já que nisso de carnaval, muito mais do que em futebol, somos campeões e definitivamente imbatíveis. Nada há, na Itália nem em lugar nenhum do mundo, que possa comparar-se às escolas de samba do Rio de Janeiro ou aos trios elétricos de Salvador. Frevo então, nem pensar e nada que se assemelhe ao Galo da Madrugada, que está no livro dos recordes como o maior bloco do mundo e nem ao Parceria, ainda em segundo lugar mas lutando para crescer. Briga danada de boa, essa. Tem mais: nem de longe o carnaval mexe com a Itália da forma como transforma radicalmente o Brasil e aos brasileiros e brasileiras, como diria Sarney. Nada há como o carnaval participação de Olinda, obviamente, mas mesmo assim há um carnaval bonito e animado em muitos lugares do mundo. O carnaval de Veneza é certamente o mais famoso entre todos.



As máscaras permitiam a quebra das barreiras sociais e os ricos podiam aproximar-se dos pobres sem serem socialmente condenados ou comprometidos. Desejos e tentações podiam ser realizados na proteção do anonimato das máscaras, assim como era uma ótima maneira de se freqüentar os lugares proibidos dos prazeres fáceis e do pecado, casas de jogos e prostituição. Depois vinha a penitência e o perdão, mas isso era assunto para quando o carnaval fosse enterrado. Há um rei do carnaval na Itália, enterrado ao final da festa, em um ritual que inclui mulheres chorando e fantasias coloridas. O fato é que de tudo isso restou festas carnavalescas que proliferam em toda a Itália e que se modernizam com o passar do tempo, mas as máscaras permanecem. O carnaval no Brasil, também não era como é hoje.



"Muitas coisas se preparam este ano para os três dias de carnaval. Uma sociedade criada no ano passado e já perto de 80 sócios, todos pessoas de boa companhia, deve fazer no domingo a sua grande promenade pelas ruas da cidade. Na tarde de segunda-feira, em vez do passeio pelas ruas da cidade, os máscaras se reunirão no Passeio Público e aí passarão a tarde como se passa uma tarde de carnaval na Itália, distribuindo flores, confetes e intrigando conhecidos e amigos". Esse comentário foi escrito por José de Alencar na Gazeta Mercantil de 14 de janeiro de 1855. Ele tinha nessa época 26 anos e fazia parte dos 80 sócios que o Congresso das Sumidades Carnavalescas tinha reunido. Eram outros os tempos. Pense só no título escolhido pelo grupo, levado assim como uma coisa séria. Eu, heim!


As máscaras do carnaval de Veneza são famosas em todo o mundo pelo detalhamento, pela beleza na elaboração e pela riqueza com que são apresentadas. Inspiram máscaras inclusive aqui no carnaval de Olinda e são uma marca registrada do carnaval italiano. A palavra "máscara" indica uma outra personalidade, sugere que a pessoa que a usa se imbui da personalidade que está adotando. A máscara é uma coisa muito antiga e vem de muito antes de Roma. As máscaras da tragédia e da comédia usadas no teatro grego e mesmo em encenações no antigo Egito são bem anteriores ao pensamento do carnaval. Na pré-história usava-se máscaras. Entretanto, são as máscaras do carnaval veneziano que chegam a nossa memória quando pensamos no assunto. São belas... são poderosas! São verdadeiras obras de arte pela plasticidade e pelo significado.


Embora a origem do carnaval possa estar em antiqüíssimos rituais agrícolas das civilizações mais antigas, o fato é que Roma nos legou personagens que são ícones do carnaval brasileiro como o arlequim ou a colombina, para citar poucos exemplos. A palavra mesmo, carnaval, vem provavelmente da palavra italiana "carnevale" que significa privar-se do uso da carne, indicando que depois da festa começa o resguardo dos prazeres, incluindo muitas bebidas e comidas, a carne entre elas. A história dos carros alegóricos em forma de navios, os carros navais, ou mesmo os barcos desfilando pelos canais da cidade de Veneza, pode não ser verdadeira. Aqui no Recife acontece agora mesmo a exposição "Máscaras Venezianas" no Instituto Cultural Brasil Itália e que pode ser vista até 31 de março. O instituto, que tem uma grande diversidade de atividades, tem trazido para Pernambuco muitas exposições de grande interesse e nos brinda com mais essa, apropriadamente nesse período. Para pernambucanos, e para quem estiver de passagem por aqui, vale a pena uma visita.